Organizado pelos professores Dante Lucchesi e Ilza Ribeiro, da Universidade Federal da Bahia, e pelo professor Allan Baxter, da Universidade de Macau, teve a colaboração de vários autores, professores de outras universidades do mesmo Estado, além de mestres, doutores e pós-graduandos, em geral oriundos daquela mesma universidade, integrantes do grupo de pesquisa ali constituído, e que vêm se dedicando ao estudo da realidade lingüística brasileira. Baseado na análise de amostras da fala de algumas comunidades rurais afro-brasileiras isoladas, no caso, quatro comunidades do Estado da Bahia - Helvécia, Cinzento, Rio de Contas e Sapé -, o livro apresenta os resultados obtidos pela aplicação de modelos teóricos que transitam da gerativa, de princípios e parâmetros, à sociolingüística variacionista, dentro daquela linha fecunda inaugurada pelo Prof. Tarallo nos anos oitenta.Dividido em duas partes, são apresentados, na primeira, os fundamentos teóricos e metodológicos nos quais se baseou a pesquisa e também o contexto sócio histórico das comunidades analisadas. Na segunda parte, são isolados dezesseis 'pontos-diagnósticos' (apropriando-me da expressão utilizada pelo Professor Aryon Rodrigues em sua análise comparativa das línguas tupi-guarani), pelos quais se pode tanto esboçar um retrato das variedades vernáculas das comunidades pesquisadas, quanto levantar hipóteses, já mais bem fundadas, sobre a história do contato do português com as línguas africanas em território brasileiro.
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