Gratia plena é um romance onde reinam as forças irracionais que dominam Homem, em decorrência, a sociedade humana. Como são elas que conduzem a pena do personagem-narrador, não restou ao autor outro caminho senão irreversível e incômodo desfecho.
Belizário e Mariana, um casal adolescente que vive um relacionamento neurótico, cuja base são os conflitos pessoais vivenciados no seio de suas famílias. Jamol e Matilde, um casal maduro, cuja intimidade neurótica também resulta da vivência de mórbidos e incoerentes conflitos familiares. Pelos descaminhos da vida, esses casais se cruzam e se aproximam, o resultado não poderia ser outro, senão uma teia mórbida e neurótica que conduz a todos a uma terrível e incompreendida tragédia.
“O que eu era (ou representava)? E Matilde, o que era (ou representava) para mim? Eu não conseguia responder a essas perguntas. (Só anos depois, no cárcere, comecei a compreendê-las. Conversando comigo mesmo, ouvindo as paredes brancas e sujas de minha cela, entendi que certos atos de nossa vida podem se revestir de vários formalismos civis, como casamento, noivado ou namoro, mas, lá no fundo, constituem outra realidade. Não se trata do velho e gasto adágio, as aparências enganam, mas de algo mais trágico: os homens criam as aparências para se enganarem e fugirem de si mesmos.)”
Belizário e Mariana, um casal adolescente que vive um relacionamento neurótico, cuja base são os conflitos pessoais vivenciados no seio de suas famílias. Jamol e Matilde, um casal maduro, cuja intimidade neurótica também resulta da vivência de mórbidos e incoerentes conflitos familiares. Pelos descaminhos da vida, esses casais se cruzam e se aproximam, o resultado não poderia ser outro, senão uma teia mórbida e neurótica que conduz a todos a uma terrível e incompreendida tragédia.
“O que eu era (ou representava)? E Matilde, o que era (ou representava) para mim? Eu não conseguia responder a essas perguntas. (Só anos depois, no cárcere, comecei a compreendê-las. Conversando comigo mesmo, ouvindo as paredes brancas e sujas de minha cela, entendi que certos atos de nossa vida podem se revestir de vários formalismos civis, como casamento, noivado ou namoro, mas, lá no fundo, constituem outra realidade. Não se trata do velho e gasto adágio, as aparências enganam, mas de algo mais trágico: os homens criam as aparências para se enganarem e fugirem de si mesmos.)”