Se a filosofia for considerada, a partir de sua etimologia, como algo que suscita a sabedoria, a forma de ser do saber filosófico torna-se a própria forma de ser da filosofia. Por exemplo, o conhecimento na filosofia grega antiga era um conhecimento que dizia respeito ao ser e à essência. Nesse contexto, o conhecimento supremo, que dizia respeito à substância primeira ou à existência suprema, consistia na filosofia primeira ou ontologia. [...] No entanto, seja no que diz respeito ao Taoísmo, ao Budismo ou ao Confucionismo, é pensável que a natureza essencial desse conhecimento possuísse uma direção distinta à do Ocidente. Podemos dizer que, nos fundamentos ou no nível supremo desse conhecimento, existe um “não conhecimento” que aparece em função da extinção do ego. O “não conhecimento”, conforme aparece no Budismo ou no Taoísmo, é um “não conhecimento” que se abre a partir da eliminação da característica do ego que fundamenta um saber que pressupõe a afirmação do simesmo. Ryosuke Ohashi
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