Érika Nogueira de Andrade Stupiello faz aqui um convite à reflexão sobre o envolvimento do tradutor com seu trabalho, o papel desse profissional na atualidade e, principalmente, as consequências do emprego de tecnologias na tradução de textos. Ela enfatiza três sistemas de armazenamento de memória de tradução – Trados, Transit e Wordfast –, analisando os principais atributos de cada sistema e concentrando-se nas implicações de seu uso.
Os sistemas apresentam vantagens e desvantagens bastante comentadas pela literatura sobre tradução. Embora possibilitem maior controle e padronização de terminologia e fraseologia, aumento da velocidade de trabalho, constituição do próprio banco de dados, eles reduzem o espaço para escolhas do tradutor, incentivam o uso instrumental das línguas para aumentar o reaproveitamento, impedem remuneração de material recuperado pelo sistema.
Ao lembrar que os sistemas de memória não têm como objetivo eliminar a intervenção humana durante o processo de tradução nem destinar ao tradutor o papel de mero pós-editor de textos, a autora pontua questões práticas e teóricas, especialmente as relacionadas à ética profissional, que emergem com sua utilização. Uma destas questões refere-se eventual esquecimento do caráter humano envolvido na tradução, em meio à vertiginosa circulação eletrônica de textos.
A obra também aborda tópicos delicados, como o compartilhamento de memórias, neste caso sob três perspectivas: a do cliente, a das agências de tradução e a do próprio tradutor. Traz à tona ainda as discussões sobre a pulverização da responsabilidade do tradutor em grandes projetos e as questões éticas envolvidas no intercâmbio de memórias, além da questão financeira e da polêmica sobre a propriedade intelectual, contexto que sugere, para o futuro, a possibilidade reestruturação na remuneração do tradutor e da prática de reutilização de memórias.
Os sistemas apresentam vantagens e desvantagens bastante comentadas pela literatura sobre tradução. Embora possibilitem maior controle e padronização de terminologia e fraseologia, aumento da velocidade de trabalho, constituição do próprio banco de dados, eles reduzem o espaço para escolhas do tradutor, incentivam o uso instrumental das línguas para aumentar o reaproveitamento, impedem remuneração de material recuperado pelo sistema.
Ao lembrar que os sistemas de memória não têm como objetivo eliminar a intervenção humana durante o processo de tradução nem destinar ao tradutor o papel de mero pós-editor de textos, a autora pontua questões práticas e teóricas, especialmente as relacionadas à ética profissional, que emergem com sua utilização. Uma destas questões refere-se eventual esquecimento do caráter humano envolvido na tradução, em meio à vertiginosa circulação eletrônica de textos.
A obra também aborda tópicos delicados, como o compartilhamento de memórias, neste caso sob três perspectivas: a do cliente, a das agências de tradução e a do próprio tradutor. Traz à tona ainda as discussões sobre a pulverização da responsabilidade do tradutor em grandes projetos e as questões éticas envolvidas no intercâmbio de memórias, além da questão financeira e da polêmica sobre a propriedade intelectual, contexto que sugere, para o futuro, a possibilidade reestruturação na remuneração do tradutor e da prática de reutilização de memórias.